Aprimorando o desenho e implementação de políticas e programas públicos. "Sem conhecer a força das palavras, é impossível conhecer os homens-Eu escuto e esqueço. Vejo e lembro. Faço e entendo-(cnfc)"
domingo, 25 de julho de 2010
Desigualdade social, eleição 2010
A desigualdade social e a pobreza, são temas que englobam não apenas uma porção da sociedade, mas sim todas as pessoas que tem consciência do mundo em que vivemos, pois não trata somente da diferença entre a minha classe social e a sua, mas também da mais cruel e triste sina na qual milhares de crianças morrem por falta de alimento.
Estudo regional divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) aponta que a América Latina pode ser considerada a região
mais desigual do mundo, pois abriga dez dos 15 países com maiores diferenças
entre ricos e pobres do mundo.
Os países mais desiguais são, pela ordem, Bolívia, Haiti, Brasil e Equador. Os
menos desiguais são Argentina, Uruguai, Venezuela e Costa Rica, segundo o
estudo, que foi apresentado na Costa Rica.
"Embora tenha havido crescimento econômico nos últimos anos na América Latina e
no Caribe, continua a existir uma persistente desigualdade", disse o
subsecretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Heraldo Muñoz. Ele
também é diretor regional do programa da ONU para a América Latina e Caribe.
Para ele, a desigualdade "precisa ser atacada e reduzida, caso contrário haverá
erosão da coesão social e a destruição das instituições democráticas".
Levando em conta o índice de Gini, que mede o grau de desigualdade a partir da
renda per capita - no qual zero corresponde à completa igualdade e um à extrema
desigualdade -, no caso da Bolívia, seu índice é similar ao de Camarões, com
0,60. O Haiti atingiu 0,59, assim como África do Sul e Tailândia, enquanto
Brasil e Equador registraram 0,56.
No caso dos países menos desiguais, como Costa Rica e Argentina, os
pesquisadores da ONU apontaram que os níveis são de mais de 0,45. Nos países
europeus, por exemplo, as médias do índice ficam entre 0,24 e 0,43.
De acordo com o coordenador regional do PNUD, Luis López, as pessoas mais
afetadas pelas desigualdades são as mulheres e a população indígena e
afrodescendentes. O responsável pelo relatório, Isidro Soloaga, comentou que na
década de 1990 os governos iniciaram políticas de ataque à pobreza, mas elas
ficaram estagnadas.
"As políticas para reduzir a elevada desigualdade devem chegar às pessoas,
contemplar o conjunto de restrições que perpetuam a pobreza e a desigualdade, e
as pessoas devem ser agentes de seu próprio desenvolvimento", analisou Soloaga.
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